Nossa História: 1º Procedimento de Radioembolização Hepática em Santa Catarina
11/26/20245 min read


O que é a Radioembolização Hepática?
A radioembolização hepática é um procedimento minimamente invasivo utilizado no tratamento de tumores hepáticos, particularmente eficaz para pacientes diagnosticados com hepatocarcinoma. Este método combina a embolização, que consiste na obstrução dos vasos sanguíneos que alimentam o tumor, com a administração de material radioativo. O objetivo central da radioembolização é fornecer uma dose controlada de radiação diretamente ao tumor, enquanto minimiza a exposição do tecido saudável do fígado.
A técnica é indicada principalmente para pacientes com tumores que não são candidatos ideais para cirurgia ou aqueles que apresentam recidivas após o tratamento cirúrgico. A radioembolização pode ser a opção ideal em situações onde o câncer está restrito ao fígado, e o paciente possui um bom estado geral de saúde. Essa abordagem permite um controle mais efetivo da doença e pode contribuir para melhorar a sobrevida dos pacientes.
Dentre os principais benefícios da radioembolização hepática está a possibilidade de tratar tumores localizados sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos invasivos. Em comparação a outros tratamentos oncológicos, como a quimioterapia sistêmica ou a ablação por radiofrequência, a radioembolização permite uma maior concentração de radiação no tumor, reduzindo os efeitos colaterais, que frequentemente prejudicam a qualidade de vida dos pacientes.
Além disso, essa técnica apresenta uma taxa de complicações relativamente baixa e pode ser realizada em um ambiente ambulatorial, facilitando a recuperação do paciente. Em suma, a radioembolização hepática se destaca como uma alternativa promissora no tratamento de câncer hepático, oferecendo novas perspectivas para os pacientes que lutam contra essa doença desafiadora.
Procedimento Realizado em Florianópolis
No contexto da medicina moderna, a radioembolização hepática tem se destacado como uma técnica inovadora no tratamento de doenças hepáticas malignas, tendo sido aplicada pela primeira vez em Santa Catarina em um paciente de 80 anos com diagnóstico de hepatocarcinoma. Esta abordagem minimamente invasiva utiliza partículas radioativas para direcionar a terapia diretamente ao tumor, ao mesmo tempo em que preserva o tecido hepático saudável. A escolha de Florianópolis como local para esse primeiro procedimento não foi aleatória; a cidade possui uma infraestrutura médica avançada e uma equipe especializada em técnicas interativas.
O processo iniciou-se com um meticuloso estudo das artérias que irrigam o fígado e o tumor. Este diagnóstico preciso foi crucial, pois permitiu a identificação das artérias responsáveis pela vascularização do hepatocarcinoma. O cateterismo seletivo foi uma etapa fundamental, realizando-se a inserção de um cateter fino e flexível nas artérias escolhidas. A habilidade da equipe em realizar essa técnica é determinante, visto que a colocação exata do cateter é essencial para a eficácia da radioembolização.
Após a colocação do cateter, procedeu-se à administração da dose radioativa. Nesta fase, as partículas radioativas foram liberadas diretamente na artéria que leva ao tumor, assegurando que o tratamento seja localizado. A tecnologia empregada durante o procedimento foi de ponta, com equipamentos de imagem que garantiram a visualização precisa dos vasos sanguíneos, permitindo à equipe monitorar em tempo real a progressão do tratamento. Esta combinação de experiência e tecnologia exemplifica nossa excelência na realização do procedimento de radioembolização hepática em Santa Catarina.
Resultados e Eficácia do Tratamento
A avaliação dos resultados do procedimento de radioembolização hepática realizado em Santa Catarina revelou desfechos positivos e confirmatórios do sucesso da intervenção. Imediatamente após o tratamento, o paciente foi submetido a um exame de PET-CT, um método de imagem altamente sensível que permite a detecção da atividade metabólica das células. Os resultados deste exame demonstraram uma resposta favorável à terapêutica, evidenciando a eficácia da técnica empregada na abordagem da patologia hepática.
Um aspecto notável do pós-operatório foi a rápida recuperação do paciente, que recebeu alta em menos de 24 horas após o procedimento. Essa agilidade na alta hospitalar pode ser atribuída à natureza minimamente invasiva da radioembolização, que, ao contrário de cirurgias tradicionais, resulta em menos traumas e complicações associadas. Durante todo o processo, o paciente não relataram dor ou quaisquer sintomas adversos, o que ressalta não apenas a segurança do tratamento, mas também a precisão da técnica utilizada pelos profissionais de saúde.
A eficácia do tratamento de radioembolização, portanto, não se limita apenas à resolução da condição clínica do paciente, mas também se reflete em sua qualidade de vida posterior à intervenção. A capacidade de retornar rapidamente às atividades normais, sem a presença de desconforto, é um fator crucial que contribui para a aceitação e a recomendação deste tipo de terapia aos pacientes que enfrentam dificuldades relacionadas a doenças hepáticas. Esses resultados são encorajadores e fortalecem a confiança nos avanços da medicina moderna, especialmente em modalidades terapêuticas que visam maximizar os benefícios enquanto minimizam os riscos.
Impacto na Saúde Pública e Futuras Perspectivas
A realização do primeiro procedimento de radioembolização hepática em Santa Catarina representa um avanço significativo na saúde pública da região, especialmente na luta contra o câncer hepático. Esse marco não apenas ilumina as possibilidades terapêuticas para pacientes diagnosticados com tumores no fígado, como também aponta para um futuro onde esses tratamentos avançados poderão ser mais amplamente utilizados. A radioembolização, que combina tecnologia médica de ponta e técnicas radiológicas, oferece uma alternativa eficaz às abordagens tradicionais, permitindo um tratamento mais direcionado e menos invasivo.
Com o sucesso deste procedimento inaugural, abre-se um leque de oportunidades para o desenvolvimento de protocolos clínicos e treinamento especializado. A equipe médica envolvida adquiriu valiosas experiências, que não apenas enriquecem o conhecimento local, mas também contribuem para a formação de novos profissionais qualificados na área. O aprendizado que se extrai dessa experiência será crucial para estabelecer um padrão de excelência, incentivando a pesquisa e a inovação em tratamentos oncológicos na região.
Além disso, a integração de tecnologias avançadas e o fortalecimento das redes de colaboração entre instituições de saúde são passos fundamentais para garantir que a radioembolização e outros tratamentos inovadores se tornem mais acessíveis. O aumento da conscientização sobre essas opções de tratamento também desempenha um papel essencial, fazendo com que pacientes e profissionais da saúde busquem alternativas que podem conduzir a melhores prognósticos. Futuras investigações e parcerias são esperadas, buscando expandir o alcance dessas soluções terapêuticas, com a esperança de um impacto positivo na mortalidade e na qualidade de vida dos pacientes no estado.
Sobre
Médico radiologista intervencionista em Florianópolis SC, especializado em cirurgias guiadas por imagem. Foco no diagnóstico e tratamento minimamente invasivo do câncer e doenças do fígado e vias biliares.
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